sexta-feira, 1 de julho de 2011

REMAR- AMAR





... Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por NÓS vale a pena.
Remar.


RE-AMAR.

Amar.

[Caio Fernando Abreu]



Sempre quis postar este pequeno texto do Caio Fernando de Abreu, sobre amar e reamar.
Acho que é isso que eu espero de um relacionamento, alguém que nade junto comigo caso o barco afundar... Alguém que faça a viagem de um relacionamento valer a pena, entrar no barco e aceitar embarcar em uma aventura... Sabendo que haverá dias de ondas grandes que podem até virar o barco, mas que haverá dias de pura tranquilidade, de amor, de oceano... Alguém que mesmo em alto mar saberá onde fica seu porto.
Alguém que reme na mesma direção e que ame de verdade com o coração.



Fico assim, meio sem entender. Na verdade nunca quis entender. Quis ser feliz apenas.

Me jogo.


Hoje eu ouvi: Não dá pra dar corda pra Ayslla que ela se joga que nem bungee jumping.
É, eu sou mesmo assim na vida, não faço jogo nenhum, mas se eu ver uma corda eu me jogo mesmo no abismo sem medo, é a adrenalina que me fascina. É a recompensa do vôo livre com a esperança que a corda suporte a minha liberdade de movimento. Se me dão corda, eu me jogo, eu me enfio de cabeça, eu mergulho de corpo e alma.

Eu me jogo na vida sem medo, eu arrisco mesmo... Eu posso até me estrepar no chão por achar que a corda suporta, mas eu vou assim mesmo... Porque o medo não impede de nada.
E é assim em vários setores... Eu pego os nós da vida e transformo em laços... Sejam de amizade, de amor, de coleguismo, de esperança... E no amor, se me dão corda, eu viro bailarina de caixinha de música...Cheia de melodia. Se me dão corda, eu me pilho, e dou meu melhor movimento, minha ação, meu salto, eu vôo alto. Eu mesma me enforco se eu estiver errada depois.

Mas credito que na vida a gente tem mesmo que se jogar pra tudo aquilo que nos faz feliz, seja se jogar para as novas oportunidades, e agarrar essas cordas com toda a sua força, seja se jogar nos braços da pessoa que te faz sacudir por dentro, seja se jogar no mar, e deixar que as ondas te levem... Se joguemmmm, se permitam a queda livre de sentimentos as vezes, e aproveitem o frio na barriga que dá, a adrenalina, a vontade de pular e parecer que nunca vai parar de cair... E que eu caia sempre no melhor abraço, que eu caia sempre no melhor beijo, no meu chamego, que eu caia direto no meu porto seguro.

Uma nova jornada.




É isso. É uma nova jornada. É a nova estrada que se abre. É o novo caminho que convida a ser descoberto, coberto de novas descobertas, coberto do novo.
É a vida que chama, você precisa seguir agora. Tá na hora de se dar essa chance. Na hora de partir de verdade, mesmo que isso vá partir alguém. Acabou o tempo da espera, da dúvida, da chance. Eu já me decidi.
Abriu a nova estação da vida... Eu floresci.